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Guia de 5 minutos: Benefícios da quercetina para a saúde e a imunidade

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‌‌O que é a quercetina? 

A quercetina tem recebido muita atenção recentemente, devido a estudos científicos publicados sobre seus efeitos na saúde do sistema imunológico. Principalmente por sua ação na promoção da imunidade do trato respiratório e seu papel na amplificação de alguns efeitos antivirais do zinco

A quercetina é um flavonoide, um grupo de pigmentos vegetais amplamente responsáveis pelas cores de muitas frutas e flores. Os flavonoides também são responsáveis pelos benefícios de muitos alimentos, ervas e temperos para a saúde. Por exemplo, sabe-se hoje que os efeitos benéficos de frutos, chocolate amargo e a maioria dos extratos de ervas (ex.: ginkgosemente de uvacasca de pinheirocardo-mariano, etc.) são diretamente relacionados aos seus flavonoides. 

‌‌‌‌4 benefícios da quercetina para a saúde

Os flavonoides possuem uma incrível capacidade de melhorar a reação do corpo a problemas ambientais e outros fatores biológicos. A quercetina tem sido, consistentemente, o mais ativo dos flavonoides segundo estudos experimentais, o que a torna a melhor escolha quando o corpo está enfrentando problemas. 

‌‌‌‌1. A quercetina pode ajudar a proteger nossas células 

A quercetina pode, literalmente, agir como um "interruptor para ligar", promovendo alguns efeitos benéficos nas células, como promover o reparo celular, enquanto, simultaneamente, age como um "interruptor para desligar", ajudando as células a se protegerem de danos e infecções. 

‌‌‌‌2. A quercetina pode ter potentes propriedades antioxidantes 

A quercetina possui significativos efeitos antioxidantes, e promove o sistema antioxidante de enzimas do corpo para que elas o ajudem durante períodos de estresse biológico (ativação imunológica, inflamação e alergias). 

‌‌‌‌3. A quercetina pode ajudar a reduzir inflamações 

A quercetina inibe tanto a fabricação quanto a liberação de compostos conhecidos como mediadores inflamatórios, que agravam a tentativa do corpo de equilibrar a inflamação.

‌‌‌‌4. A quercetina pode ajudar a reforçar a imunidade

A quercetina pode ter efeitos especiais na saúde do sistema imunológico, além de poder ajudar a promover a imunidade do trato respiratório. De fato, ela tem recebido muita atenção recentemente, devido aos seus efeitos na função imunológica e sua capacidade de aumentar o nível intracelular de zinco iônico. Em sua forma iônica livre, o zinco inibe uma enzima conhecida como replicase, que os vírus usam para se replicar nas células humanas. A quercetina facilita a transferência de zinco iônico nas células através de canais conhecidos como ionóforos. 

Estudos clínicos sobre a quercetina, o desempenho atlético e a imunidade

Uma das aplicações da quercetina mais estudadas cientificamente é o seu auxílio ao desempenho atlético adequado. 

Em mais de uma dúzia de estudos clínicos, foi demonstrado que a quercetina possui um leve efeito na melhora do desempenho atlético. Por exemplo, em um estudo com onze ciclistas de elite do sexo masculino, 6 semanas de suplementação com quercetina (1.000 mg por dia) aumentaram o desempenho de um teste de tempo de 30 km em 3,1%.1 Em atletas de elite, essa pequena melhora pode ser bastante significativa. 

Outro estudo com ciclistas levou a uma descoberta relativamente surpreendente. No estudo, 40 ciclistas treinados do sexo masculino receberam quercetina (1.000 mg por dia) ou um placebo antes, durante e 2 semanas depois de um período de 3 dias, no qual os indivíduos pedalaram por 3 horas por dia, a uma carga de aproximadamente 57%. A quercetina não só melhorou o desempenho físico, como os resultados também mostraram outra coisa. 

Durante o período de 14 dias depois dos 3 dias de exercícios intensos, apenas 1 dos 20 ciclistas que receberam a quercetina desenvolveu uma congestão do trato respiratório superior e outros sintomas, enquanto, em comparação, 9 dos 20 ciclistas no grupo do placebo apresentaram sintomas desse tipo.2 

Na verdade, os resultados não foram uma surpresa tão grande assim. A quercetina possui uma variedade de efeitos benéficos na função dos glóbulos brancos, e exerce uma proteção contra vírus do trato respiratório. Ela pode ajudar os glóbulos brancos a se moverem para áreas de necessidade, além de aumentar sua capacidade de destruir moléculas estranhas. Em culturas de células, foi demonstrado que a quercetina reduziu a infectividade de vários tipos diferentes de vírus em células humanas, além de reduzir a taxa de replicação viral através de diferentes vias.3

Essa descoberta surpreendente levou a um estudo subsequente, com 1002 adultos com idades entre 18 e 85 anos.4 O propósito era mensurar a influência de duas doses diferentes de quercetina (500 e 1000 mg/dia) nos sintomas de uma infecção do trato respiratório superior (ITRS) em comparação com um placebo. 

Os indivíduos ingeriram os suplementos por 12 semanas, e registraram os sintomas de ITRS diariamente. Nenhum efeito significativo foi notado; porém, quando eles avaliaram as diferenças entre os grupos, descobriram que as pessoas com 40 anos ou mais que se descreviam como fisicamente em forma, tomando 1000 mg de quercetina por dia, apresentaram uma redução de 36% nos sintomas do trato respiratório, e 31% de redução em dias doentes, em comparação com o grupo do placebo equivalente. 

Esses resultados indicam que uma dosagem de 1000 mg de quercetina por dia pode exercer alguns benefícios na melhora da função imunológica. É possível que dosagens mais altas ou o uso de preparos de quercetina mais biodisponíveis possam ser fatores necessários para que sejam vistos benefícios nos outros grupos.

‌‌A quercetina, o zinco e a sinergia com a vitamina C

Apesar de a quercetina apresentar alguns efeitos diretos que protegem contra infecções virais, seu efeito principal pode ocorrer quando ela age como o que é conhecido como um ionóforo, auxiliando o transporte do zinco livre e não-ligado para as células. 

Em sua forma livre e iônica, o zinco pode inibir a replicação de muitos vírus. Quando muitos vírus infectam uma célula, eles inserem nela um pedaço de seu código genético e uma enzima chamada replicase, para permitir que os vírus se multipliquem. O zinco é capaz de bloquear a enzima replicase e, portanto, bloquear a replicação ou o espalhamento do vírus. Esse é um dos motivos pelos quais o zinco é uma recomendação popular contra o resfriado.

Porém, para que o zinco tenha seu efeito na replicase viral, ele depende de um "ionóforo" aberto – um canal específico na membrana celular que permite que o íon entre na célula. A quercetina pode agir como um ionóforo para o zinco, aumentando os níveis de zinco dentro das células para proteger contra a replicação viral. Esse efeito da quercetina pode explicar o número reduzido infecções respiratórias notados nos estudos descritos acima.5 

Outro nutriente parceiro da quercetina é a vitamina C. Quando a vitamina C e a quercetina se combinaram em testes com tubos de ensaio, suas ações antivirais e de reforço da imunidade funcionaram de forma sinérgica, produzindo melhores resultados do que quando qualquer um dos dois nutrientes foi usado individualmente.6 

A vitamina C também é capaz de regenerar a quercetina ativa no corpo. Sempre que um antioxidante realiza sua função na neutralização de um radical livre, ele é transformado em uma forma inativa. No caso da quercetina, a vitamina C é capaz de reciclar esses antioxidantes de volta à sua forma ativa. Logo, é muito importante que os níveis de vitamina C estejam adequados, através da dieta e da suplementação. 

Além de consumir alimentos ricos em vitamina C regularmente (frutas como bagas, frutas cítricas e mangas; vegetais folhosos; brócolis; pimentões; etc.) a suplementação com vitamina C adicional também é recomendada (um mínimo de 60 mg por dia, porém, para garantir um auxílio otimizado, recomenda-se pelo menos 250 mg). 

‌‌A questão da absorção da quercetina

Em estudos de absorção com humanos, foi demonstrado que a quercetina não tem uma absorção tão boa, apresentando um alto grau de variabilidade entre cada pessoa. 

Para lidar com esse problema de má absorção da quercetina, uma solução inovadora envolve a complexação da quercetina com uma Matriz LipoMicel™. Essa nova tecnologia utiliza um processo único, que melhora a absorção da quercetina em até 10 vezes em comparação ao pó de quercetina comum.

O que é um lipossoma? 

Os lipossomas são células compostas por duas camadas de moléculas de gordura, que protegem um compartimento interno composto por água e ingredientes hidrossolúveis. Os ingredientes hidrossolúveis, como a vitamina C, são protegidos no compartimento interno da estrutura lipossomal. 

Não é possível produzir lipossomas para a quercetina, pois ela não é hidrossolúvel, porém, isso acaba tornando-a uma candidata perfeita para o uso da tecnologia que cria a Matriz LipoMicel™. 

O que é uma micela? 

As micelas se diferem dos lipossomas por serem a forma "contrária" destes. Especificamente, as substâncias gordurosas que criam uma micela possuem uma "cabeça" com afinidade à água (hidrofílica) na camada externa e uma "cauda" com afinidade à gordura (lipofílica) na parte interna. 

A quercetina na Matriz LipoMicel™ resolve o problema da sua falta de solubilidade em água. Como a quercetina tem afinidade com a gordura, durante o processo de criação da Matriz LipoMicel™, ela fica presa no lugar pela cauda das moléculas de gordura, dentro do centro das micelas. As micelas formadas são tão pequenas que a quercetina dentro da Matriz LipoMicel™ se torna solúvel em água. De fato, se você adicionar o conteúdo de uma cápsula gelatinosa contendo Quercetina em Matriz LipoMicel™ da Natural Factors em um copo com água, ele se mistura facilmente. As micelas costumam ser usadas para criar "nanoemulsões", que são misturas de formas que normalmente não se misturam, como o óleo e a água ou, neste caso, a quercetina e a água.

‌‌‌‌Quercetina: considerações sobre dosagem

Conforme descrito acima, a quercetina comum não é bem absorvida, por não ser solúvel em água. Ainda assim, alguns benefícios foram notados em estudos clínicos com uma dosagem de 1.000 mg por dia. 

Dito isso, ao avaliarmos a literatura científica, uma forma de quercetina com melhor absorção, que produza níveis sanguíneos maiores e mais consistentes da substância, pode levar a resultados superiores.

A dosagem de Quercetina em Matriz LipoMicel™ da Natural Factors é de 250 mg a 500 mg por dia. Cada cápsula gelatinosa contém 250 mg de quercetina dentro da Matriz LipoMicel™. Dados preliminares de absorção indicam um aumento de 5 a 10 vezes na absorção dessa forma avançada em comparação com a quercetina comum. Isso indica que cada cápsula de Quercetina em Matriz LipoMicel™ teria uma bioequivalência de 1250 mg a 2500 mg de quercetina em pó comum. Se duas cápsulas forem tomadas diariamente, essa bioequivalência aumenta para 2500 mg a 5000 mg de quercetina comum. 

‌‌‌‌Quercetina: segurança e interações medicamentosas

Todas as formas de quercetina são bem toleradas em humanos, sem efeitos colaterais tendo sido notados nos estudos clínicos ou esperados com o aumento da dosagem. 

É importante observar que a quercetina pode reforçar a absorção intestinal de certos medicamentos, incluindo vimblastina, ciclosporina, digoxina, fexofenadina, losartana, nifedipina, felodipino, verapamil e terfenadina. A dosagem desses medicamentos pode precisar ser reduzida para evitar uma toxicidade. 

Sempre é importante consultar seu médico antes, para monitorar adequadamente sua saúde antes de fazer mudanças na sua dieta ou rotina.

Referências:

  1. MacRae HS, Mefferd KM. Dietary antioxidant supplementation combined with quercetin improves cycling time trial performance. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2006;16(4):405-419.
  2. Li Y, Yao J, Han C, et al. Quercetin, Inflammation and Immunity. Nutrients. 2016;8(3):167.
  3. Nieman DC, Henson DA, Gross SJ, et al. Quercetin reduces illness but not immune perturbations after intensive exercise.  Med Sci Sports Exerc  2007;39;1561–1569.
  4. Heinz SA, Henson DA, Austin MD, et al. Quercetin supplementation and upper respiratory tract infection: a randomized community clinical trial.  Pharmacol Res  2010;62:237–242.
  5. Dabbagh-Bazarbachi H, Clergeaud G, Quesada IM, et al. Zinc ionophore activity of quercetin and epigallocatechin-gallate: from Hepa 1-6 cells to a liposome model. J Agric Food Chem. 2014 Aug 13;62(32):8085-93.
  6. Colunga Biancatelli RML, Berrill M, Catravas JD, Marik PE. Quercetin and Vitamin C: An Experimental, Synergistic Therapy for the Prevention and Treatment of SARS-CoV-2 Related Disease (COVID-19). Front Immunol. 2020;11:1451. 
  7. Riva A, Vitale JA, Belcaro G, et al. Quercetin phytosome® in triathlon athletes: a pilot registry study. Minerva Med. 2018 Aug;109(4):285-289.
  8. Kawai Y. Understanding metabolic conversions and molecular actions of flavonoids in vivo:toward new strategies for effective utilization of natural polyphenols in human health. J Med Invest. 2018;65(3.4):162-165.

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